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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Língua Formal Culta e Língua Coloquial Popular - Sexto Ano





Sexto Ano do Ensino Fundamental 



A linguagem formal, também chamada de "culta" 








A linguagem formal, também chamada de "culta" está pautada no uso correto das normas gramaticais bem como na boa pronúncia das palavras. Já a linguagem informal ou coloquial representa a linguagem cotidiana, ou seja, trata-se de uma linguagem espontânea, regionalista e despreocupada com as normas gramaticais.




Linguagem culta: Essa modalidade é responsável por representar as práticas linguísticas embasadas nos modelos de uso encontrados em textos formais. É o modelo que deve ser utilizado na escrita, sobretudo nos textos não literários, pois segue rigidamente as regras gramaticais. A norma culta conta com maior prestígio social e normalmente é associada ao nível cultural do falante: quanto maior a escolarização, maior a adequação com a língua padrão.



























Na linguagem formal culta...







Na linguagem coloquial popular...















Língua e Linguagem – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental


Língua e Linguagem – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental







A diferença entre Língua e Linguagem


De uma forma simples, a linguagem pode ser considerada a capacidade que as pessoas têm de se comunicar. Ou seja, a gente se utiliza da linguagem para passar uma mensagem para as outras pessoas. Na verdade, na maioria das vezes, usamos mais de uma linguagem para isso – como a oral(falada), a corporal(fisionomia/gestual/dança/movimento do corpo) e a visual( imagens em geral, desenhos, sinais de trânsito, fotografias, pinturas etc) . A língua, por outro lado, é um conjunto organizado de sons (a fala), gestos (libras), palavras que um grupo usa para se comunicar, um sistema que possui uma estrutura e regras próprias.














Por exemplo: imagine que você está em um restaurante na Noruega e não sabe falar norueguês. Com a linguagem corporal (gestos/expressões fisionômicas/mímica) e oral (ruídos/sons/grunhidos), você consegue mostrar para o garçom o prato que deseja pedir, apesar de não conseguir fazer seu pedido na língua (conjunto de palavras organizadas) dele e de não saber pronunciar o nome do prato. Essa é a diferença entre linguagem e língua(conjunto de palavras organizadas faladas ou escritas)!







Li - Língua / Bra - Brasileira / S - Sinais - LiBraS




E é por isso que a Libras é uma língua, porque ela possui suas próprias regras. Aliás, ela é uma das línguas oficiais do Brasil e a primeira língua da comunidade surda. A maioria dos surdos é alfabetizada primeiro em Libras e, por conta disso, não entende bem o português. É por esse motivo que a Hand Talk criou o Hugo, nosso intérprete virtual que traduz os textos dos sites em português para Libras, permitindo que as surdas e os surdos aproveitem as informações!































Por que você não deve falar linguagem de sinais?







Por que você não deve falar linguagem de sinais?


Calma, você não leu errado. A gente repete: você não deve falar linguagem de sinais. Ou melhor, você não deve falar linguagem de sinais, porque a Libras é uma língua!

Para quem não sabe, Libras é um acrônimo que significa Língua Brasileira de Sinais, ou seja, ela é um outro idioma! Muita gente pensa que a Libras é só um conjunto de sinais para as palavras em português, mas ela vai muito além disso!

Confundir os termos é uma coisa bastante comum para quem não conhece muito sobre a comunidade surda, e não tem problema se você já fez essa confusão. Só não dá para insistir no erro! Para evitar isso, vamos explicar a diferença entre essas duas palavras para você aprender e não confundir mais!








sexta-feira, 3 de julho de 2020

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

















VARIAÇÃO LINGUÍSTICA




A gramática é um compêndio de regras importantes para a manutenção do idioma. Imagine se não tivéssemos um manual ao qual pudéssemos consultar na ocorrência de uma dúvida? Imagine se as regras não existissem e, por esse motivo, cada falante resolvesse estabelecer suas próprias normas? Viveríamos em uma verdadeira CONFUSÃO, e nossa língua portuguesa estaria fadada ao esquecimento. Quando falamos em preconceito linguístico, não estamos propondo que os falantes rasguem a gramática, mas sim que considerem as duas modalidades do idioma: a língua oral e escrita, assim como a existência de uma língua culta e de uma língua coloquial. Dizer que alguém “fala errado” desconsidera diversos fatores extralinguísticos, como as variações existentes em cada comunidade, cada região, cada contexto cultural.








                                                    Renato Russo - Cantor e compositor





“(...) Eu canto em português errado
Acho que o imperfeito não participa do passado
Troco as pessoas
Troco os pronomes (…)”.


(Meninos e Meninas – Legião Urbana)








Renato Russo cantava em “português errado” porque ele sabia que algumas escolhas linguísticas tornam o idioma mais expressivo, já que usar a gramática normativa parece deixar a fala um tanto “sem graça”. Estamos falando de uma licença poética, permitida na linguagem literária, portanto, quando a necessidade pedir que você escreva um texto não literário, prefira a norma padrão-culta, pois, na escrita, o que vale é o respeito às regras gramaticais. Quanto à fala, nada de ficar apontando os “erros” dos outros falantes, lembre-se de que existem outros contextos culturais diferentes do seu. O uso é o que torna a língua viva. Tomemos como exemplo o fragmento do poema de Manuel Bandeira:


[...] A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada [...]" .


(Evocação do Recife – Manuel Bandeira)






Vício da fala

Para dizerem milho, dizem mio
Para melhor, dizem mió
Para pior, pió
Para telha, dizem teia
Para telhado, dizem teiado
E vão fazendo telhados.

(Oswald de Andrade)


Vimos, com base no poema acima, que existem diversos tipos de variação
linguística: são aquelas que demonstram a diferença entre as falas
dos habitantes de diferentes áreas do país, diferentes épocas da História de um país, diferentes classes sociais, diferentes grupos, idade, tribos metropolitanas,s diferentes estado e cidades etc. 















O povo é o inventalínguas na malícia da maestria
no matreiro da maravilha 
no visgo do improviso 
tenteando a travessia azeitava o eixo do sol 
o povo é o melhor artífice 



Haroldo de Campos