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terça-feira, 7 de junho de 2016

TREM DE DOIDO - O TREM DA SOLIDÃO COLETIVA







TREM  DE  DOIDO  -  O  TREM  DA  SOLIDÃO  COLETIVA








O “trem de doido” existiu de verdade: ele cruzava o interior do país levando os loucos para o manicômio denominado Colônia, em Barbacena MG., o maior do Brasil – foi o cenário de um terrível genocídio que durou décadas. Mais de 60 mil pessoas morreram ali. Os  loucos desembarcavam nos fundos do hospital, onde o guarda-freios desconectava o último vagão do trem.






O Trem Das 7

Raul Seixas
 



Ói, ói o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis, olha o trem

(...)

Ói, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que sabem do trem
Ói, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no trem

Quem vai chorar, quem vai sorrir ?
Quem vai ficar, quem vai partir ?
Pois o trem está chegando, tá chegando na estação
É o trem das sete horas, é o último do sertão, do sertão

Ói, olhe o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu, não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar

(...)


Ói, olhe o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral
















VÍDEO  I  -  HOLOCAUSTO BRASILEIRO - MANICÔMIO DE BARBACENA










TEXTO I - Museu da Loucura é reaberto com objetivo de conscientizar  a sociedade




Após quase dois anos de reforma e revitalização, o Museu da Loucura, em Barbacena, no Campo das Vertentes, foi reaberto em uma data significativa, 18 de maio, quando são celebrados os dias da Luta Antimanicomial e Internacional dos Museus. A instituição é conhecida por abrigar um acervo que conta a história do primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais.
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"A importância transcende a questão de memória e de turismo. É um compromisso com a garantia dos direitos humanos através da conscientização das pessoas. É um museu social porque tem um discurso de quebra de preconceitos e de um assunto que é ainda atual, que são as dificuldades relacionadas à área da saúde mental. Queremos fazer as pessoas entenderem que a segregação e separação da sociedade é o problema, e não a doença, que é tratável. Você não pode negar a cidadania de uma pessoa porque ela é doente", explicou Edson Brandão, curador do Museu da Loucura.



O Museu da Loucura completa 20 anos em agosto e estava fechado desde 2014 para as obras de revitalização da estrutura física, do acervo e da exposição permanente. O local reúne textos, fotografias, documentos, objetos, equipamentos e instrumentação cirúrgica, que relatam a história do tratamento do paciente com sofrimento mental.
Edson Brandão ressaltou que a formatação da exposição permanente é simples para destacar a força do que é apresentado aos visitantes.



"Nosso objetivo é tratar de forma crua e com respeito pelas pessoas que viveram e morreram no Hospital Colônia. É um memorial e um ambiente respeitoso às memórias de quem foi submetido a tratamento no local. Uma forma simples, mas bastante eficiente de recuperar e mostrar esta história", afirmou Edson Brandão, curador do Museu da Loucura.





http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2016/05/museu-da-loucura-e-reaberto-com-objetivo-de-conscientizar-sociedade.html